quarta-feira, maio 30, 2007


O Globo Esporte está fazendo uma série de matérias chamada "Órfãos do Futebol".

A matéria consiste em mostrar e entrevistar torcedores de times que deixaram de existir no futebol profissional. Alguns ainda existem como clubes, mas não participam mais de campeonatos de futebol.
Já falaram de um tal de Renner, do Rio Grande do Sul, e hoje falaram de um time mineiro que já esqueci o nome, mas que chegou a ser bicampeão estadual de Minas.


Mas fiquei aqui pensando.... e se o meu Botafogo deixasse de existir?

Primeiramente me dá um frio na espinha e vontade de chorar só de pensar nessa possibilidade que, graças a Garrincha, é inexistente.

Mas como todos os torcedores da matéria falaram, não sei o que seria sem o Botafogo.
Torcer pro Botafogo é algo estranho. Um misto de masoquismo e prazer inexplicáveis. Já ouviram a frase "Tem coisas que só acontecem com o Botafogo", né? Pois é... por isso existe essa mistura de sentimentos quando se trata do Glorioso.

Temos uma capacidade enorme de, com um time fantástico, tomarmos uma porrada histórica pra um América da vida e, no jogo seguinte, com o time reserva, ganharmos heroicamente do Flamengo/Vasco/Fluminense com seus melhores elencos.

O botafoguense sofre e sorri ao mesmo tempo. Somos verdadeiros guerreiros, com uma capacidade inexplicável de otimismo quando as coisas não vão bem.

Talvez a história nos favoreça. Mesmo quando ficamos 21 anos na fila, sem títulos, o otimismo estava lá. Provavelmente pela lembrança e a certeza da história grandiosa do time. A certeza de que, sem a gente, o Brasil não seria pentacampeão mundial, por exemplo. A quantidade de campeões mundiais alvinegros é enorme. Didi, Garrincha, Zagallo, Gérson, mestre Nilton Santos, Amarildo, Roberto...

O primeiro título que vi, foi o estadual de 89, quando saímos da maldita fila. 1 x 0 sobre a mulambada (leia-se flamengo), depois de uma partida que empatamos por 3 x 3. Campeões Estaduais, finalmente. Invictos!
E no ano seguinte, bicampeões em cima do bacalhau.

Em 92, mais uma tristeza: perdemos a final do Brasileiro pros mulambos. No dia seguinte o Renato Gaúcho ainda foi num churrasco na casa do Gaúcho, atacante dos rivais na época. Não pegou bem.

Mas a década de 90 foi generosa conosco.
Campeões da Conmebol, nosso único Brasileiro, mais título estadual e o tetracampeonato do Rio x São Paulo.

No início desse século, o destino tinha que nos sacanear de novo e, devido à administrações ridículas, fomos rebaixados à segunda divisão.
Ao contrário do pó de arroz, voltamos por méritos próprios, pela porta da frente, fomos campeões estaduais, e agora estamos de novo com um time competitivo e que faz frente a maior parte (e talvez a todos) times brasileiros.

É por essas e outras que falei que não sei o que seria da minha vida sem o Botafogo de Futebol e Regatas. Certamente um grande e importante espaço da minha vida ficaria completamente vazio e sem a menor chance de ser preenchido.

Eternamente alvinegro!

postado por Rodrigo às 9:41 AM |


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