segunda-feira, junho 04, 2007


Há MUITO tempo eu não via uma entrevista tão interessante no Programa do Jô.
Acho que o apresentador sempre quer aparecer mais que o entrevistado e, por mais que às vezes surjam situações engraçadas, a arrogância do redondo acabam estragando tudo.

Mas dessa vez foi diferente.

A entrevista que acabou agora, foi do deputado Onix Lorenzoni, um dos principais nomes do Democratas, antigo PFL.
O motivo da entrevista, foi a vontade do político em explicar a sua declaração de que o seu partido sabe diferenciar presente, mimo e falcatrua (a palavra usada não foi essa, mas a idéia é a mesma). Em toda a entrevista, ele não explicou em nada a declaração. Se existe uma coisa que o PFL sabe fazer muito bem, é enrolar. Pessoas muito bem articuladas, que se expressam muito bem.... e que acabam falando sem dizer nada.

Logo depois da tentativa de explicação, o Jô o cortou dizendo que políticos não devem aceitar nem presente nem mimo, pois isso abre espaço pra uma aproximação maior e mal intencionada. O que mais me surpreendeu, foi a forma que o Jô falou, realmente indignado e dizendo que havia sido uma declaração extremamente infeliz do deputado.


Política é um assunto complicado. Mas é um assunto que, de pouco tempo pra cá, vem me cativando bastante.
Quando era menor, lembro de ver no Programa Livre, no SBT, uma menina da platéia falando a frase "O Brasil tem um grande câncer chamado PFL."
Na época não entendi, Cagava e andava pra política e não dei a menor atenção, mas a frase ficou marcada na minha memória.

Anos depois fui entender o que a menina quis dizer.
O PFL (Democratas é o caralho) é realmente um grande câncer pro Brasil. E um câncer enraizado, com várias ramificações, e difícil de ser extirpado. A nova geração que se apresenta, com Rodrigo Maia e Antônio Carlos Magalhães Neto, é altamente preocupante. São homens entre 30 e 40 anos que ainda têm bastante tempo pra fazer uma quantidade de merdas sem tamanho pro país.


Não acho que o governo petista seja o melhor da história. Mas está longe... LONGE... de ser o pior. Uma coisa é certa: desde que nasci, é o melhor que houve, com larga distância.

Rolou corrupção? Rolou esquema? Rolou caixa 2?
Rolou. E foi levado a mídia. Não foi colocado pra baixo do pano.
Claro que muito mais gente podia rodar, mas gente que era inimaginável que rodasse, rodou.

O que acontece de ruim no governo Lula não é diferente do que aconteceu em todos os outros. A diferença é que eles são o PT. É a maior parte dos políticos e da mídia contra eles.
O fato deles sempre terem abominado isso, agrava bastante a situação, obviamente. Ninguém esperava isso deles.
Mas a política infelizmente é assim. Não se chega lá no alto sem se sujar. É inevitável e isso é um fato.

Mas apesar de todos os contras, acho que os pontos favoráveis são realmente muito maiores. A única coisa que PFL e PSDB dizem, é que a classe média está desfavorecida. Realmente está um pouco. Mas a classe mais baixa não. E tenho contato direto e diário com essas pessoas. Muitos quando abri a locadora estavam desempregados, fudidos e mal pagos. Agora boa parte trabalha e, por mais que não tenha uma vida de luxos, tá muito melhor do que na época FHC.


Enfim..... como já disse, política é um assunto complicado e eu já falei demais.
E, infelizmente, além de complicada, a política é podre. E a existência de ACMs, Bornhausens, Onixes, Maias e congêneres, só piora a situação...

postado por Rodrigo às 10:34 PM |


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