terça-feira, janeiro 29, 2008


Há pouco tempo atrás, ela postou sobre o mesmo assunto, mas eu não pude entender completamente o que ela quis dizer por ainda não ter passado por isso.

O lance é que semana passada um tio meu morreu. Ele morava em Niterói, onde mora uma parte considerável da minha família e, de uns tempos pra cá, numa escala de 0 a 100, meu contato com eles era próximo do 0. A última vez que os vi foi em agosto passado, no aniversário de 80 anos da minha avó. Antes disso, nem lembro qual tinha sido a última vez.

Só pra explicar rapidamente, minha família é GIGANTESCA. Qualquer pessoa com sobrenome Pontual é parente meu. Sim, aquele jornalista da Globo e o ator, também.
O sobrenome vem da família da minha avó, que é natural de Recife. A parte niteroiense da família é formada por duas irmãs dela (e era pelos irmãos também, mas esses já morreram) e o coroa que morreu, tio Evandro, era casado com uma das irmãs dela, tia Therezinha.

Quando eu era pequeno, e o contato com eles, na mesma escala de 0 a 100, chegava a uns.. 20, no máximo, tia Therezinha fazia uma festa ENORME toda vez que me via. Me abraçava, beijava, apertava minhas bochechas. Fazia isso com todos os meus primos daqui da Ilha, mas comigo era um pouco mais, não sei porque.

Tio Evandro, o marido dela que morreu, nunca teve uma saúde invejável. Desde que o mundo é mundo, sempre fumou PRA CARALHO. Quanto à bebida acho que não exagerava. Mas fumava MUITO mesmo. Deve ter tido, no total, uns 4 derrames e uns 2 enfartos. Nesse último aniversário da minha avó, quando o vi, era evidente que não duraria muito. Além da saúde altamente frágil, ele não era nenhuma criança. Devia estar perto dos 80 fácil (isso se já não tivesse ultrapassado).

Só soube da morte dele domingo, quando estava indo pro aniversário de uma prima. Meu primo me falou sobre o ocorrido e, na hora, fiquei meio chateado. Apesar do pouco contato, sempre gostei bastante dele.
Depois, pensando em casa, fiquei mais chateado ainda. Por mais que ele realmente tenha corrido atrás disso, era uma ótima pessoa. Lembrei de quando eu era pequeno e ele era mais participativo. Conversava bastante, principalmente com a pirralhada. Adorava brincar com a gente.

Fiquei triste, mas entendo. Acontece. São coisas da vida e bola pra frente.
E, por mais que ele nunca tenha se cuidado, com certeza aproveitou muito, da forma dele, enquanto esteve aqui.
Agora está em algum lugar, se é que esse lugar existe, muito bem e olhando por todo mundo que ficou aqui.

Queria ter mais contato com o povo que mora do outro lado da ponte e com a outra irmã da minha avó que mora aqui na Ilha. Atualmente tenho tido esse sentimento de família reforçado, não sei porque (e apesar de alguns stresses de vez em quando). São pessoas muito boas. E na última vez que os vi, pude perceber que, apesar do pouco contato, ainda existe uma consideração muito grande por parte deles em relação ao povo lá de casa.

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postado por Rodrigo às 7:04 AM |


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